A Cadela que Mudou Tudo – Parte 2: A Busca por um Novo Companheiro

Max era uma parte fundamental de sua vida familiar e, assim como estivera presente para Marcus, também era muito próximo de seu filho, Alex. Ele deixou uma marca indelével no coração daquela família.

Agora que Max se fora, ficou evidente que as coisas não eram mais as mesmas. A família estava inconsolavelmente triste, mas eles tinham uma estratégia de como remediar isso: “Vamos adotar outro cachorro”.

Mesmo enquanto pronunciava essas palavras, Marcus teve que admitir que não estava completamente seguro sobre seu plano. Sandra balançou a cabeça negativamente. Ela sabia que era prematuro para ter um novo animal de estimação. Max significou muito para seu marido e para Alex. Tanto que ela ficou um pouco surpresa por ele ter considerado uma “substituição” para Max tão rapidamente.

No entanto, havia um vazio em formato de cachorro em suas vidas que precisava ser preenchido. Sandra e Marcus conversaram sobre isso várias vezes. Sandra estava preocupada que Marcus estivesse se precipitando nas coisas, e Marcus fazia o possível para convencê-la de que estava preparado para a mudança.

Eventualmente, Marcus persuadiu Sandra e os dois decidiram que adotariam um novo cão.

O primeiro desafio que a família enfrentou foi selecionar a próxima raça que teriam. Depois de ter um Staffordshire Bull Terrier, acreditavam que essa raça seria mais apropriada para que Alex se adaptasse.

Em seguida, a família se encontrou pesquisando online por um criador certificado, pois Alex realmente desejava um filhote. O casal não estava familiarizado com o universo da criação e acreditava que a internet proporcionaria mais alternativas.

Após extensa busca, localizaram dois criadores daquela raça. O casal decidiu fazer uma excursão de fim de semana e marcou visitas com ambos. No entanto, sua jornada acabou sendo um tanto frustrante para a família.

O primeiro criador causou má impressão desde o princípio. Embora os filhotinhos fossem adoráveis e Alex e Sandra se divertissem brincando com eles, Marcus não conseguia afastar a sensação estranha que estar naquele lugar lhe provocava. Primeiramente, parecia que os cães habitavam em condições inadequadas. Segundamente, o preço também parecia questionável.

A jovem família também não teve muito êxito com o segundo estabelecimento. Embora esse criador fosse mais higiênico e parecesse cuidar melhor dos filhotes, o casal foi recebido com uma notícia desanimadora: eles haviam comercializado os dois últimos filhotes pela internet.

Agora, Sandra e Marcus estavam confusos. Toda a família ficou desapontada mais uma vez. Sentiram-se desencorajados — toda a viagem acabou sendo nada além de um insucesso. Marcus e Sandra decidiram que seria melhor retornar para casa e elaborar uma nova estratégia.

Contudo, 15 minutos depois, durante a viagem de volta, o casal avistou um abrigo de animais. Seria este o destino?

Sandra ficou em êxtase. Ela já estava perdendo as esperanças e se sentia um pouco desanimada quando viu o pequeno abrigo na margem da estrada. Virando-se para Marcus, ela implorou para que ele parasse e fizesse uma investigação rápida. Algo lhe dizia que ali encontrariam o que estavam procurando.

A jovem família decidiu que não custaria nada dar uma espiada. Eles estavam numa pequena cidade vizinha e não esperavam encontrar grande variedade — e estavam corretos. O funcionário do abrigo explicou que tinham apenas cinco cães sob seus cuidados, e apenas dois eram filhotes.

Contudo, um cachorro específico chamou imediatamente a atenção do casal. Era um dos filhotes. Ficou claro que o pequeno Alex tinha o mesmo pensamento que sua mãe.

O filhote parecia um terrier, ou pelo menos, um de seus progenitores era. Mas a característica mais fascinante sobre aquele animal eram seus olhos.

Você sabe como um cachorro pode “comunicar-se” com você apenas através do olhar? Os olhos dele eram de um castanho escuro deslumbrante, como nenhum deles jamais havia observado em um cão. O cachorro era tímido e sorria, mantendo distância. Era diferente dos outros cães, que dançavam e saltavam na esperança de atrair atenção. Ao invés disso, o filhote observava, em alerta máximo, na direção da porta.

O funcionário do abrigo explicou que o filhote havia sido abandonado ali, na entrada deles, na noite anterior — e ainda estava se familiarizando com o ambiente. Como era tão novo e não possuía identificação, eles sabiam muito pouco sobre ele, além do fato de que não estava registrado em lugar algum.

A família Wilson desejava intensamente o cachorrinho, mas houve alguns obstáculos. O funcionário afirmou que o abrigo, normalmente, não permitia que os animais fossem adotados sem antes verificar sua identidade. Aquela era uma cidade pequena, e o abrigo, menor ainda. Não havia adoções há meses.

Esse fato fez com que os funcionários abrissem uma exceção para a jovem família. Mais tarde, se arrependeriam profundamente.

O casal ficou extremamente feliz e entrou para assinar a documentação necessária para a adoção do pequeno cão. Seria uma ironia do destino deixá-lo ali. Enquanto Marcus e Sandra assinavam os papéis, o pequeno Alex brincava com o novo membro da família, que agora estava lentamente se acostumando com as aproximações do menino.

Levou cerca de uma hora para que toda a papelada fosse assinada e registrada. Finalmente, a jovem família estava retornando para casa com seu novo animal de estimação. Todos estavam muito entusiasmados — principalmente Alex, que agora tinha um novo melhor amigo.

Infelizmente, essa felicidade não perduraria para sempre.

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