Marido de Carla Zambelli tem Contas Bloqueadas Após Prisão da Deputada

O Supremo Tribunal Federal (STF) intensificou as investigações do Inquérito das Fake News (4781), incluindo o coronel Antonio Aginaldo de Oliveira, marido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), como alvo. Dias após a prisão preventiva de Zambelli, em 1º de agosto de 2025, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias do militar, conforme revelado pelo portal LeoDias. Este artigo explora os desdobramentos do caso, os detalhes do inquérito e a resposta de Aginaldo diante das acusações.

O que é o Inquérito das Fake News (4781)?

Iniciado em 14 de março de 2019, o Inquérito 4781, conhecido como Inquérito das Fake News, foi instaurado pelo STF para investigar a disseminação de notícias falsas, ameaças a autoridades, denúncias caluniosas e ataques às instituições democráticas. Sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, a investigação visa desmantelar uma suposta organização criminosa com atuação digital, focada em desacreditar o Judiciário e violar sigilos funcionais. O inquérito já resultou em diversas ações, incluindo buscas, apreensões e prisões de figuras públicas suspeitas de envolvimento em esquemas de desinformação.

Contexto da Inclusão de Antonio Aginaldo de Oliveira

O coronel Antonio Aginaldo de Oliveira, de 57 anos, é um ex-comandante da Força Nacional de Segurança durante o governo de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública de Caucaia (CE). Sua inclusão no Inquérito das Fake News ocorreu logo após a prisão de sua esposa, Carla Zambelli, em Roma, Itália, em 1º de agosto de 2025. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por invasão de sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, além de ser suspeita de orquestrar um esquema de espionagem ilegal utilizando hackers para monitorar autoridades públicas.

Aginaldo teve suas contas bancárias bloqueadas por decisão judicial, poucos dias após sua exoneração do cargo em Caucaia, oficialmente justificada por “doença na família”. A coincidência temporal levanta suspeitas, já que, no mesmo período, Zambelli viajou aos Estados Unidos alegando tratamento de uma “síndrome rara”, acompanhada pelo marido. A inclusão de Aginaldo no inquérito sugere indícios de sua participação no mesmo grupo investigado por práticas de desinformação e ataques ao STF.

Reação de Aginaldo: “Decisão Arbitrária”

Em resposta à inclusão no inquérito e ao bloqueio de suas contas, Aginaldo classificou a decisão como “arbitrária” e sem fundamento. Em entrevista ao jornal O POVO, ele afirmou: “Isso não tem fundamento nenhum. Basta investigar ou procurar em qualquer rede social minha ou de qualquer outra pessoa, ou meios de comunicação, alguma publicação que se relacione a fake news. Minhas contas foram bloqueadas, sim, numa decisão arbitrária, mas não me causa nenhuma preocupação, pois tenho certeza de que isso não tem nenhum fundamento, é um desgaste.”

O militar informou que seu advogado está tratando do caso e que ele não foi intimado oficialmente sobre sua inclusão no inquérito. “A única certeza que tenho é que minhas contas estão bloqueadas”, declarou. Aginaldo também confirmou estar na Itália, onde Zambelli foi detida, mas disse ter saído temporariamente para realizar exames médicos e que está retornando ao país.

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Prisão de Carla Zambelli e o Esquema de Espionagem

A deputada Carla Zambelli, uma das principais figuras do bolsonarismo, enfrenta acusações graves no âmbito do Inquérito das Fake News. Além da condenação por invasão de sistemas do CNJ, ela é investigada por supostamente contratar hackers para monitorar autoridades públicas, com o objetivo de tumultuar o processo eleitoral brasileiro e disseminar narrativas fraudulentas contra o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sua prisão preventiva, ordenada por Alexandre de Moraes, ocorreu em Brasília, mas Zambelli fugiu para a Itália, onde foi detida e agora aguarda decisão sobre extradição.

A defesa da deputada anunciou que recorrerá da decisão, alegando perseguição política. No entanto, a Justiça italiana negou seu pedido de liberdade em uma audiência de custódia, adiando a análise da extradição para uma etapa posterior do processo.

Impacto do Caso no Cenário Político

O caso de Zambelli e Aginaldo reacende o debate sobre o Inquérito das Fake News, que desde sua criação em 2019 divide opiniões. Críticos, especialmente da direita política, argumentam que o inquérito viola direitos fundamentais, como a liberdade de expressão, e concentra poderes excessivos no STF, que atua como vítima, investigador e julgador. Por outro lado, defensores da investigação destacam sua importância para proteger as instituições democráticas contra ataques orquestrados e desinformação em massa.

A inclusão de Aginaldo no inquérito, somada à prisão de Zambelli, intensifica as tensões entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e o Judiciário. Postagens em redes sociais, como as do perfil @updatecharts no X, refletem a polarização, com alguns usuários classificando as decisões do STF como “arbitrárias” e outros apontando o caso como um “legado do bolsonarismo”.

MELHORES RESORTS DO SUDESTE em 2025

A inclusão de Antonio Aginaldo de Oliveira no Inquérito das Fake News e o bloqueio de suas contas bancárias representam um novo capítulo na conturbada relação entre figuras do bolsonarismo e o STF. Enquanto Carla Zambelli enfrenta a prisão e um processo de extradição na Itália, as investigações do Supremo seguem avançando, mirando supostas redes de desinformação e ataques às instituições democráticas. O caso destaca a complexidade do combate às fake news no Brasil e reforça a polarização política, com impactos que reverberam tanto no Judiciário quanto na opinião pública.

Fontes: Portal LeoDias, O POVO, Revista Oeste

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